PT lança Fernando Haddad como vice, mas acordo com PCdoB pode garantir execução de “Plano B”
Com aval de Lula, o PT confirmou Fernando Haddad como vice na chapa que vai disputar a Presidência da República e costurou um acordo que garante execução de um plano B.
A confirmação saiu cinco minutos antes da meia-noite de domingo (05), antes do fim do prazo estipulado pela Justiça Eleitoral para anunciar o vice.
A presidente da legenda, senadora Gleisi Hoffmann, anunciou em coletiva de imprensa o acordo firmado para o destino do PT na corrida presidencial: “nós da direção do PT e PCdoB estivemos reunidos para discutirmos essa coligação e definirmos nossa tática eleitoral. Optamos por uma tática eleitoral que assegure a manifestação do presidente Lula como candidato. Mas discutimos estratégia de participação no processo que a vocalização de sua campanha seria feita através de companheiro do PT”.
Gleisi Hoffmann e dirigentes do PT se reuniram com os nomes fortes do PCdoB. Em carta, Lula declarou apoio ao ex-prefeito de São Paulo, no entanto, pediu mais conversas com o partido aliado. As negociações duraram o dia todo e, mesmo sem Manuela D’Ávila como vice, os petistas conseguiram firmar uma aliança com o PCdoB, garantindo a vaga ao partido quando Lula for impedido de concorrer à Presidência e Haddad assumir o lugar dele.
O ex-presidente está preso desde abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Na prática, a candidatura de Lula deve ser barrada no Tribunal Superior Eleitoral com base na lei da Ficha Limpa, e a opção do partido será Fernando Haddad.
O ex-prefeito paulista afirmou que o acordo com o PCdoB foi fechado aos 44 minutos do segundo tempo: “Manuela é grande companheira, PCdoB é parceiro histórico do PT. Então é enorme satisfação aí nos 44 do segundo tempo anunciar esse acordo”.
Fernando Haddad é paulistano formado em Direito pela USP, no Largo de São Francisco. Também tornou-se mestre em Economia com especialização em Economia Política e doutor em Filosofia. Foi professor na mesma universidade. Começou na política em São Paulo e chegou a ministro da Educação durante a gestão de Lula. Em 2012 deixou o cargo para ser eleito prefeito de São Paulo. Na tentativa de reeleição, não chegou ao segundo turno.
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*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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