Quase 60 milhões de pessoas terminaram 2017 com o nome sujo

  • Por Jovem Pan
  • 03/01/2018 07h45 - Atualizado em 03/01/2018 17h06
Agência Brasil Imagem com cinco cartões de créditos Entre as pessoas que estão negativadas, 81% ficou assim pelo mesmo motivo: a fatura do cartão de crédito. Em média, as pessoas deixam a fatura atrasar nove meses e meio

Sessenta milhões de brasileiros estão sem condições de ter acesso a algum tipo de financiamento devido à falta de crédito na praça. Esse dado é do Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC. A entidade divulgou um balanço mostrando que 59,9 milhões de pessoas estão com o nome sujo por causa de pelo menos uma conta atrasada.

Entre as pessoas que estão negativadas, 81% ficou assim pelo mesmo motivo: a fatura do cartão de crédito. Em média, as pessoas deixam a fatura atrasar nove meses e meio.

As dívidas com os cartões de lojas vêm em segundo lugar entre as contas que mais atrasam: ficam, em média, atrasadas pouco mais de oito meses.

As que ficam menos tempo são as de telefone, as de água e de luz, que não chegam a três meses atrasadas.

A média das dívidas das pessoas é hoje de R$ 3,9 mil, e 30% das pessoas que foram entrevistadas pela SPC é que acham que vão conseguir quitar tudo esse ano novo, mas nenhuma acha que vai fazer isso em menos de 3 ou 4 meses.

Mesmo assim, mais da metade disse que está otimista em relação a economia agora.

58% responderam que acham que a vida financeira vai melhorar em 2018 e que o pior já passou.

O superintendente de finanças do SPC Brasil, Flávio Borges, explicou o que tem deixado as pessoas tão otimistas: “55% dos entrevistados disseram que a economia piorou em 2017. A percepção está ruim, mas melhor que a de 2016. A situação não é boa, pessoas ainda têm percepção que a coisa pode melhorar muito, no entanto, tem perfil mais otimista”.

Em uma nota que vai de 1 a 10, onde 1 é muito ruim e 10 é muito bom, a expectativa para a economia brasileira é de 5,7 e a da vida financeira pessoal é de 6,7.

O SPC entrevistou 682 pessoas entre 27 de novembro e 7 de dezembro.

*Informações do repórter Caio Rocha

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