Quase dois anos após tragédia de Mariana, pesquisadores mostram antes e depois do Rio Doce
O quanto o rompimento da barragem do Fundão, da Samarco, em novembro de 2015 afetou o meio ambiente? Estudo de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo mostra o antes e depois do desastre na foz do Rio Doce.
Após quase dois anos do rompimento da barragem em Mariana, as águas do mar de Regência, no Espírito Santo têm o dobro de ferro, quatro vezes mais alumínio e três vezes mais magnésio.
A enxurrada de lama devastou o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana e desceu pelo Rio Doce até chegar ao mar, em Regência, ES. No total foram feitas oito coletas e análises dos materiais.
O geólogo Alex Bastos, professor e pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo, disse que além dos metais, o impacto foi sentido na cadeia alimentar dos peixes. “Houve um aporte significativo de metais tanto na água quanto no fundo marinho e impacto nos organismos que formam a cadeia alimentar”, disse.
O relatório dos pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo vai ser entregue aos órgãos ambientais para que essas informações possam direcionar as ações de recuperação e monitoramento da área afetada.
*Informações do repórter Victor Moraes
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