Bruno Covas: Queda na arrecadação de SP já chega a R$ 3 bilhões

  • Por Jovem Pan
  • 07/04/2020 10h03 - Atualizado em 07/04/2020 10h09
Governo do Estado de São Paulo Covas lembrou que a Prefeitura Municipal, assim como as autoridades estaduais, estão focadas agora em dar atenção para a população de comunidades

Os impactos financeiros do coronavírus na cidade de São Paulo já são estimados pela Prefeitura Municipal. Entre as principais causas para a queda na arrecadação está o fechamento comércio durante a pandemia da covid-19.

Em entrevista ao Jornal da Manhã desta terça-feira (7), o prefeito Bruno Covas afirmou que a estimativa é que a queda na arrecadação do município seja de R$ 3 bilhões, isso sem considerar o custo extra de R$ 1,1 bilhão na área de saúde que o município já registrou.

Para os municípios do estado de São Paulo que ainda não registraram casos da doença, Covas também defende as medidas de isolamento, quarentena e fechamento de serviços não essenciais mesmo que economicamente “não seja fácil”.

“Olha, eu adotaria (a quarentena mesmo sem casos confirmados), porque isso acaba impedindo a circulação do vírus. Não é fácil, não é simples restringir, mas estamos fazendo o que é recomendado pelos órgãos municipais e estaduais. Imagina uma cidade no interior que não tem hospitais ou leitos de UTI enfrentando três ou quatro casos de coronavírus. O município deve se precaver.”

A respeito do avanço do coronavírus na cidade, Bruno Covas defendeu que, caso as medidas restritivas não tivessem sido adotadas, a curva de contágio da doença seria ainda maior. Por isso, é necessário manter o isolamento.

“A curva seria mais íngreme, o isolamento não é 100%. A restrição em São Paulo é de 60%, o que é recomendado pela OMS para que a gente consiga achatar a curva. Teria sido muito pior se não houvesse o isolamento.”

Covas lembrou que a Prefeitura Municipal, assim como as autoridades estaduais, estão focadas agora em dar atenção para a população de comunidades como Paraisópolis, onde há situação de vulnerabilidade social,  para garantir que ninguém “passe necessidade”.

Além disso, outro objetivo é entregar mais leitos de UTI e enfermaria para os hospitais municipais e privados da cidade de São Paulo. Priorizando, principalmente, os leitos destinados aos hospitais de campanha do Pacaembu e às 1.800 vagas que serão criadas no Anhembi.

Interdição de comércios

A Prefeitura de São Paulo já recebeu mais de 10 mil denúncias de estabelecimentos comerciais funcionando mesmo durante a quarentena, período em que apenas serviços essenciais devem permanecer em funcionamento. Ao todo, 50 comércios já foram interditados pelos fiscais.

Sobre o assunto, o prefeito explicou que os estabelecimentos estão proibidos de funcionar para a população, mas podem continuar trabalhando com entregas.

“Não é proibido que os comércios continuem vendendo pela internet ou, como restaurantes, por delivery. Não pode atender presencialmente. São dois mil fiscais nas ruas divididos pelas subprefeituras que vão interditar, se necessário, e, em caso de reincidência, fazer a cassação do alvará de funcionamento.”

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