Queda de desembolsos é reflexo da recessão que tivemos, justifica presidente do BNDES
O BNDES vai desembolsar neste ano menos da metade do que costumava emprestar por ano. A capacidade do banco ficará em 1,2% do PIB – a média histórica nas últimas duas décadas foi de 2,3%.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o presidente do banco de fomento, Dyogo Oliveira, explicou que a redução “ainda é reflexo da grande recessão que vivemos de 2014 a 2016”, o que implica na redução de investimentos por parte das empresas além da redução da demanda.
“O BNDES está hoje bem capitalizado, possui recursos suficientes, mas a demanda dos investidores está baixa e, portanto, não há volume maior de aplicação de recursos”, disse. “O BNDES está com dinheiro no caixa e vontade de fazer bons empréstimos. Por isso temos focado a atuação nas pequenas e médias empresas e projeto de infraestrutura nacional”, completou.
Dyogo Oliveira destacou ainda que o banco deve divulgar “em breve” a projeção para os próximos três anos na área de investimentos. “Pela primeira vez a projeção é de crescimento, puxado pelo setor de petróleo, principalmente. Há perspectiva futura muito positiva para o país, mas estamos em ano de eleição e há a ampliação da insegurança, incerteza. Depois disso os empresários poderão tomar suas decisões”, ponderou.
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