Queimadas causam problemas respiratórios em crianças, aponta Fiocruz
Dobrou o número de crianças que buscaram atendimento médico na rede do SUS na região amazônica brasileira. Essa é uma das conclusões de um levantamento feito pelo Observatório do Clima e da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz.
A pesquisa aponta que, em maio e junho de 2019, cerca de 5 mil crianças entre 0 a 10 anos precisaram de assistência médica em hospitais públicos do Sistema Único de Saúde da região da Amazônia com problemas respiratórios. No mesmo período do ano passado eram 2,5 mil crianças. Para a Fundação, esse aumento tem relação direta com a alta de queimadas e incêndios na região.
A Fiocruz promete, nos próximos meses, fazer um estudo mais abrangente – até porque os focos de incêndio se intensificaram a partir do mês de julho. O objetivo da Fundação é fazer um estudo mais aprofundado incluindo também outras faixas etárias, como idosos.
De acordo com o levantamento, uma criança que vive na Amazônia também tem 36% mais chances de ter problemas respiratórios do que uma criança da mesma idade que mora longe dos focos de queimadas.
Segundo a Fiocruz, o aumento do antedimento de crianças com problemas respiratórios teve um custo de R$ 1,5 milhão.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.