Quem forma opinião deve convergir para que situação não se agrave, diz Jungmann após declarações de Torquato
Diante da declaração polêmica do ministro da Justiça, Torquato Jardim, de que as polícias do Rio de Janeiro estão envolvidas com o crime organizado, muito se comentou que ele deveria ter aberto investigações para apurar o “denunciado”.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que é preciso apresentar à sociedade a realidade do que é o crime organizado no Brasil. Sem citar o colega de ministério, Jungmann afirmou que “aqueles que formam opinião devem convergir para a necessidade que tem o Estado brasileiro de cuidar para que a situação não se agrave ainda mais”.
“O que posso afirmar é que Torquato Jardim disse que as afirmações que ele tinha feito eram pessoais, então vou me abster de comentar as declarações dele. Sob o ponto de vista do Governo, nós sabemos o que estamos fazendo, o terreno que estamos pisando e temos que ter cuidado para não satanizar o Rio de Janeiro”.
Questionado sobre uma eventual intervenção federal, o ministro da Defesa defendeu que ela não se deu por dois motivos: paralisação da tramitação de reformas assim que é instaurada uma intervenção e os custos que ela acarreta.
Especificamente sobre a fala do ministro Torquato Jardim, o mandatário da pasta da Defesa disse que não faria generalizaçõesno sentido de colocar todos os policiais do Rio de Janeiro em um mesmo contexto, e lamentou: “PMs, não apenas do RJ, mas de outros Estados que vivem na proximidade do crime, eu diria que franjas dessas corporações tendem a ser cooptadas pelo crime”.
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