Quem forma opinião deve convergir para que situação não se agrave, diz Jungmann após declarações de Torquato

  • Por Jovem Pan
  • 02/11/2017 10h07 - Atualizado em 02/11/2017 10h07
Marcelo Camargo/Agência Brasil Sem citar o colega de ministério, Jungmann afirmou que “aqueles que formam opinião devem convergir para a necessidade que tem o Estado brasileiro de cuidar para que a situação não se agrave ainda mais”

Diante da declaração polêmica do ministro da Justiça, Torquato Jardim, de que as polícias do Rio de Janeiro estão envolvidas com o crime organizado, muito se comentou que ele deveria ter aberto investigações para apurar o “denunciado”.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que é preciso apresentar à sociedade a realidade do que é o crime organizado no Brasil. Sem citar o colega de ministério, Jungmann afirmou que “aqueles que formam opinião devem convergir para a necessidade que tem o Estado brasileiro de cuidar para que a situação não se agrave ainda mais”.

“O que posso afirmar é que Torquato Jardim disse que as afirmações que ele tinha feito eram pessoais, então vou me abster de comentar as declarações dele. Sob o ponto de vista do Governo, nós sabemos o que estamos fazendo, o terreno que estamos pisando e temos que ter cuidado para não satanizar o Rio de Janeiro”.

Questionado sobre uma eventual intervenção federal, o ministro da Defesa defendeu que ela não se deu por dois motivos: paralisação da tramitação de reformas assim que é instaurada uma intervenção e os custos que ela acarreta.

Especificamente sobre a fala do ministro Torquato Jardim, o mandatário da pasta da Defesa disse que não faria generalizaçõesno sentido de colocar todos os policiais do Rio de Janeiro em um mesmo contexto, e lamentou: “PMs, não apenas do RJ, mas de outros Estados que vivem na proximidade do crime, eu diria que franjas dessas corporações tendem a ser cooptadas pelo crime”.

Confira a entrevista completa com o ministro Raul Jungmann:

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