Randolfe pede suspensão imediata do reajuste de 15,5% nos planos de saúde

Para o senador, a cobrança dos valores é inviável tendo em vista o cenário econômico do país; parlamentar também solicitou a convocação do diretor presidente da ANS no Senado

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2022 09h17
Waldemir Barreto/Agência Senado Senador Randolfe Rodrigues em Comissão no Senado Federal Randolfe Rodrigues entrou com projetos pedindo a suspensão do reajuste nos planos de saúde e no preço dos medicamentos

Os planos de saúde devem ficar até 15,5% mais caros a partir deste mês, segundo decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). É o teto válido para o período entre maio de 2022 e abril de 2023. Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a cobrança dos valores é inviável tendo em vista o cenário econômico do país. Nas redes sociais, o parlamentar disse que pediu a convocação do diretor presidente da ANS, Paulo Rebelo, no Senado para justificar a autorização desse aumento. O parlamentar apresentou também um projeto de lei e um projeto de decreto legislativo pedindo a suspensão do reajuste dos planos de saúde e do preço dos medicamentos, que poderão ter alta de mais 10% aprovada para este ano. No caso dos planos de saúde individuais e familiares, que são uma categoria regulada pela ANS diferente dos planos coletivos e empresariais, são oito milhões de beneficiários ou mais de 16% dos usuários da saúde suplementar. No total, há quase 50 milhões de beneficiários com planos de assistência médica no Brasil.

O reajuste poderá ser aplicado pelas operadoras a partir da data de aniversário do contrato, mas como há um prazo para ajustar os valores nas contas, o custo retroativo será incluído em faturas posteriores. Por exemplo, se o contrato foi assinado em maio, o aumento já passa a valer este mês, mas o valor só virá acrescido na conta de julho. O aumento de junho entrará como adicional na conta de agosto. A partir de setembro, o valor da conta já passa a ser somente com um total reajustado do mês. Em 2021, o reajuste foi negativo em 8,1% refletindo a queda no total de consultas, exames, terapias e cirurgias em 2020 por conta da pandemia e das medidas restritivas. A alta deste ano, segundo a ANS, é decorrente do aumento da inflação, do custo dos insumos e serviços e da retomada dos atendimentos. Esse é o maior valor desde 2000, de acordo com a série histórica da ANS.

*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor

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