Reaproximação com Bolsonaro divide parlamentares do PSL
Major Olímpio compara o movimento à aproximação do Planalto com partidos do centrão e ameaça sair do partido
O presidente Jair Bolsonaro vem ensaiando uma reaproximação com o comando do Partido Social Liberal (PSL), partido pelo qual ele se elegeu, mas se desfiliou no ano passado. Nos últimos dias, ele telefonou ao presidente do partido, o deputado Luciano Bivar. Segundo fontes próximas ao parlamentar, a conversa entre os dois foi amistosa e pode indicar uma reconciliação com a legenda.
Bolsonaro chegou a romper com Bivar devido a atritos internos que tiveram como estopim a disputa pela liderança da legenda na Câmara dos Deputados. Desde então, o presidente da República tem trabalhado pela criação do Aliança Pelo Brasil enquanto o PSL segue votando com o governo na maioria das pautas, mas também tem criticado algumas atitudes. Em abril, o partido chegou a entrar com um pedido de impeachment de Bolsonaro, após a polêmica com a troca de comando da Polícia Federal.
Porém, a maioria dos parlamentares do PSL vê uma reconciliação com bons olhos. Eles negam que estejam em andamento tratativas para uma aliança formal com o governo e elogiam a mudança de postura do presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas, quando tem moderado o tom nas declarações.
No entanto, a situação divide o partido. O líder no Senado, Major Olímpio, compara o movimento à aproximação do Planalto com partidos do centrão, que passaram a indicar membros no governo. Major Olímpio disse que foram oferecidos a ele R$ 30 milhões em emendas extras, mas recusou. Ele ameaça sair do partido caso alguma aliança se concretize.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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