Recusa das famílias que moram em áreas de risco é desafio para Defesa Civil, diz diretor

  • Por Jovem Pan
  • 11/02/2020 09h18 - Atualizado em 11/02/2020 09h22
Reprodução Polícia Rodoviária Henguel Ricardo comentou ainda duas ocorrências que aconteceram na cidade de Botucatu, no interior de São Paulo

Apesar da diminuição das chuvas no Estado de São Paulo, as regiões de moradia irregular e solos encharcados ainda preocupam a Defesa Civil. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o tenente-coronel e diretor do órgão, Henguel Ricardo, explicou que esse problema é mais difícil de ser solucionado.

Ricardo destacou que a Defesa Civil recebeu mais de 10 mil ligações na última segunda-feira (10) — o que resultou em mais de 2 mil ocorrências. “Com o solo úmido, nossa preocupação agora são com as áreas de risco, de encosta. A população que mora nessa região precisa de uma atenção especial”, alerta.

Ele afirma que as áreas de risco no Estado de São Paulo estão mapeadas, mas que a retirada das famílias moradoras dessas regões é um grande desafio. “A gente vai a campo, faz vistoria. Mas sofremos com recusa, temos dificuldade em retirá-las ou então elas voltam quando vamos embora. A vigilância tem que se constante.”

O diretor da Defesa Civil ressaltou que a chuva foi detectada já na semana passada, mas o grande volume surpreendeu por se tratar de um fenômeno natural. “Na madrugada do domingo para segunda choveu, pelo menos, 50% do esperado para o mês de fevereiro inteiro. A gente monitora diariamente, acompanhamos todos os radares. Mas a chuva é um evento da natureza.”

Henguel Ricardo comentou ainda duas ocorrências que aconteceram na cidade de Botucatu, no interior de São Paulo. Uma delas deixou uma vítima fatal e a outra um casal desaparecido. Já em Marília, na manhã desta terça (11), uma erosão na estrada causada pelo solo encharcado deixou pelo menos mais um óbito.

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