Redes de fast food britânicas são pressionadas para boicotar soja do Brasil
Uma das principais commodities do Brasil virou alvo de tensão na indústria alimentícia britânica. As redes de fast food do país estão sendo pressionadas para boicotar a soja importada dos produtores brasileiros para defender a Amazônia Legal.
O mercado da semente é gigantesco. Segundo dados da União Europeia, o Brasil vendeu o equivalente a cerca e R$ 1 bilhão para os britânicos só no ano passado. Um terço de toda a soja importada pelo Reino Unido vem do Brasil e ela é utilizada, prioritariamente, para alimentar animais.
Segundo o Greenpeace, as redes de fast food que consomem a soja brasileira devem boicotar o produto para proteger o cerrado, que vem sofrendo com as queimadas intensas nos últimos meses.
Uma reportagem da BBC explica que grandes marcas como o restaurante McDonald’s e o supermercados Tesco e Marks & Spencer são signatários de um manifesto de proteção do cerrado reconhecendo a necessidade de evitar mais desmatamento na região.
O problema é que o maior intermediário da soja brasileira, a Cargill, não aderiu ao movimento e continua comprando soja de áreas destruídas recentemente para plantio.
Empresas europeias em outros segmentos têm sido pressionadas a boicotar produtos brasileiros como reação às queimadas da Amazônia.
O movimento ocorre enquanto os protestos organizados pelo grupo Extinction Rebellion se espalham pelas principais cidades do mundo. Eles pedem ações mais duras dos governos e das grandes corporações para combater a emergência do clima.
Nesta quinta-feira (10) o jornal britânico The Guardian divulga a lista das 20 empresas mais poluidoras do mundo – juntas elas correspondem a um terço de todas as emissões de carbono do planeta. A estatal brasileira Petrobras aparece no levantamento.
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