Reestatização da Eletrobras é improvável em novo governo, dizem especialistas do setor elétrico

Cláusula do processo de privatização garante inviabilidade da ideia, determinando que compra de volta de ações deverá custar o triplo do negociado em 2022

  • Por Jovem Pan
  • 10/12/2022 08h41
Agência Brasil prédio da eletrobras Eletrobras é a maior geradora de energia elétrica do Brasil

Especialistas do setor elétrico ouvidos pela Jovem Pan News descartaram a possibilidade de reestatização da Eletrobras no governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo que a ideia tenha sido cogitada por integrantes da equipe de transição, que fazem muitas críticas à privatização da empresa. Alguns membros da equipe também comentam que estudos estão sendo feitos para reverter o processo de capitalização da Eletrobras. A operação ocorreu em 2022 e movimentou mais de R$ 30 bilhões. Uma cláusula no processo de capitalização chamada de “Poison Pill” foi criada para dificultar a reversão do processo, garantindo que o governo pode comprar de volta as ações, mas que, para isso, precisará gastar muito mais do que o necessário, desembolsando mais de R$ 200 bilhões. A cláusula determina que o valor a ser pago pelo governo deverá ser três vezes maior. O valor é superior inclusive ao que se pretende aprovar na PEC da Transição, que deverá possibilitar o cumprimento de promessas de campanha, de manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e aumento real do salário mínimo.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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