Reestruturação da carreira dos professores prevê melhoria salarial e ascensão mais simples
A reestruturação da carreira dos professores prevê aumento salarial e também um plano de ascensão mais rápido e justo, de acordo com o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, o secretário estadual explicou as principais mudanças que acontecerão no setor a partir de 2020. Ele também falou sobre a segurança nas escolas e o papel dos pais na parceria família-instituição.
“Atualmente o salário dos professores começa em R$ 2500 para quem trabalha 40 horas semanais – podendo chegar em até R$ 7300. Porém, esse plano de carreira tem 64 passos para ir do piso até o teto.”
“A partir de 2020 a remuneração começa em R$ 3500 nas mesmas condições, podendo chegar a em R$ 10 mil. Além disso o número de degraus vai ser simplificado e cairá para 15”, explica Rossieli.
As novas regras vão valer para os professores que ingressarem no próximo concurso público, mas os profissionais que já atuam em situações adversas também poderão fazer a adesão.
Rossieli explicou que, hoje em dia, o plano de carreira é horizontal e acontece de forma meritocrática. Mas, de acordo com ele, essa estrutura ainda não é uma avaliação que pondera “competências e habilidades”, além de não ter devolutiva.
“A nova carreira será em em linha, como funciona em Singapura e na Austrália. Com isso, ficará mais fácil encontrar novos talentos. Pensamos também em promover um programa de monitoria, onde o professor mais experiente orienta os recém chegados. Reconhecer talentos é fundamental”, salienta o secretário.
Segurança
Para Rossieli, a segurança nas escolas é o ponto que mais preocupa na Educação. “Tivemos o caso de Carapicuíba, o de Suzano e outras dezenas. Lançamos o Escola Mais Segura, que promove uma maior parceria do setor com a Polícia e tem dado certo.”
“Temos um fortalecimento da ronda escolar mas, mais do que isso, também estamos observando as melhores práticas para melhorar a convivência entre alunos, professores e funcionários.”, explica. De acordo com ele, o diálogo entre a comunidade e as instituições melhoraria esse índice.
Participação dos pais
“A sociedade precisa entender que a escola não é um depósito de criança. A Educação é, na nossa Constituição, uma questão da família também. A educação formal a escola tem responsabilidade maior, mas o distanciamento dos pais deve ser debatido também”, alerta.
Rossieli destaca que escolas com grandes desempenhos e resultados há envolvimento comprovado dos pais e da comunidade local.
“Esse é um desafio de todas as classes, que afeta as escolas públicas e também privadas. Precisamos aprender com boas praticas. O pai tem que se preocupar com o que o filho esta aprendendo, não apenas se ele chegou na instituição. Com a sociedade apoiando, nós vamos crescer”, finaliza.
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