Rodrigo Maia: ‘Governo precisa começar a articulação com o Congresso’
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a cobrar nesta quarta-feira (27) que o governo Jair Bolsonaro intensifique o trabalho de articulação política com o Congresso Nacional para levar adiante sua agenda de reformas — sobretudo a da Previdência.
“[O Executivo] Precisa começar a ter articulação política. O que falta é compreensão”, disse em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã. “O Governo precisa ter presença. Precisa ter líderes, e o líder é tão deputado quanto seu liderado”, declarou.
A cobrança de Rodrigo Maia é um recado direto ao Palácio do Planalto de que é preciso organizar sua base política na Câmara e no Senado e dialogar com líderes de partidos. O presidente da Câmara lembrou que os deputados têm demandas em suas bases — como pleitos de liberação de recursos de emendas ao Orçamento da União para obras em cidades — e que, para isso, é necessária interlocução com os ministérios. A tentativa de melhorar a coordenação política deverá ser conduzida pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Sobre a reforma da Previdência, Maia foi questionado sobre uma espécie de “desconfiança mútua” entre congressistas e a militares porque os ajustes no sistema previdenciário da categoria tramitará separadamente da emenda constitucional. Ele assegurou que tanto a emenda constitucional como o projeto para os militares caminharão na Casa.
Ele também reforçou que o Projeto Anticrime apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, avançará na próxima semana. “Depois do Carnaval vamos decidir e tramitar. Mas no plenário a prioridade será a reforma da Previdência.”
Comissões
As comissões na Câmara ainda não foram instaladas, segundo Maia, por conta da reforma da Previdência.
O presidente da Casa afirmou que poderia ter instalado as 12 primeiras entre nesta terça-feira (26), mas não o fez por conta de tratativas com o PT.
“Não consegui conversar com o maior partido de oposição, que é o Partido dos Trabalhadores. Poderia ter instalado as 12 primeiras ontem e hoje, mas achei que não era inteligente para governabilidade da Câmara tomar decisão sem ter essa conversa”, ressaltou.
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