Reforma de escola alvo do massacre de Suzano começa na segunda-feira

  • Por Jovem Pan
  • 24/10/2019 06h58 - Atualizado em 24/10/2019 11h40
Estadão Conteúdo Tiroteio na escola estadual Raul Brasil, no Jardim Imperador, em Suzano, na Grande São Paulo, nesta quarta-feira (13) Em março, tiroteio dentro da instituição de ensino deixou dez pessoas mortas

O governo de São Paulo dará início a revitalização da escola estadual Raul Brasil, em Suzano. O local foi cenário de um massacre que deixou dez pessoas mortas no dia 13 de março deste ano. O projeto vai custar cerca de R$ 2,7 milhões e será financiado pela iniciativa privada.

Entre outras ações, a revitalização contempla a reconstrução de salas de aula, do Centro de Ensino de Línguas, de banheiros e cantinas, além da reforma das salas de leitura e informática. As obras vão começar no dia 28 de outubro e devem ser concluídas em março do ano que vem.

O secretário de Educação do estado, Rossieli Soares, afirma que boa parte das mudanças no ambiente foi pensada junto com alunos e professores e tem o objetivo de ajudá-los a superar o trauma da tragédia.

“Um aluno me relatou que o barulho assusta. Por exemplo, ela ouve um determinado estouro e se assusta, porque remete ao fato, então as coisas ainda são muito presentes. A escola precisa ter todo o carinho e cuidado para se reerguer e tem sido feito, para registrar, um trabalho incrível dos professores, dos profissionais que estão lá, da direção da escola, dos pais, mas especialmente dos próprios alunos”, disse.

Durante as obras, os alunos vão estudar numa faculdade próxima. A escola Raul Brasil tem 980 estudantes regulares e cerca de 1300 alunos na centro de línguas.

O massacre mudou a rotina não só em Suzano, mas em várias escolas. Desde então, a secretária de Educação vem adotando iniciativas para evitar que tragédias se repitam.

Uma dessas ações promove encontros entre alunos, professores e representantes da comunidade local para discutir e elaborar medidas anti-bullying. A meta é implementar a ideia em toda a rede até o fim de 2020.

*Com informações da repórter Victoria Abel 

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