Regulamentação de e-sports é alvo de críticas em audiência no Senado
Especialistas em esportes eletrônicos e representantes de empresas estiveram no Senado nesta quinta-feira (7) para debater o projeto de lei que tenta regulamentar o setor.
O texto, de autoria do senador Roberto Rocha, do PSDB, prevê que e-sports, quando praticados de modo profissional, teriam que seguir regras nacionais e internacionais aceitas pelas entidades responsáveis.
A senadora Leila Barros, do PSB, que propôs a audiência pública, questiona a eficácia da regulamentação do setor. “Não significa entretanto que é o melhor caminho para o futuro do segmento. Até porque sei que o setor tem crescido de forma evidente no país.”
O projeto de lei foi aprovado em julho pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte mas teve que voltar ao colegiado para que seja analisada uma emenda apresentada em Plenário.
O senador Styvenson Valentin, do Podemos, reconheceu a importância do mercado de e-sports, mas fez críticas. “Porque eu conheço uns jogos que o jogador tem prazer em bater em policial. Não bate na vida real, mas bate no vídeo-game. Tem prazer de bater nas mulheres.”
Mas o diretor-executivo da BBL e-SPORTS, Leo de Biase, reiterou que não há nenhuma ligação comprovada entre os jogos eletrônicos e casos de violência.
“Uma das questões que falam é realmente que alguns títulos são violentos, mas a gente tem uma comprovação que nada foi comprovado nesse ponto. Nada que tivesse link com qualquer massacre ou qualquer infelicidade que tivemos na nossa sociedade.”
Mais uma audiência pública sobre o tema está marcada para o dia 21 de novembro.
*Com informações do repórter Vitor Brown
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