Reino Unido adotará política para travar entrada indiscriminada de europeus após Brexit
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Os planos do governo britânico para conter a imigração de europeus depois do Brexit foram revelados e estampam praticamente todos os grandes jornais de Londres.
O The Guardian teve acesso a um documento que mostra uma política chamada de “Britain First”, ou “Grã-Bretanha Primeiro”, em alusão ao jargão de campanha do americano Donald Trump.
A ideia é travar a entrada indiscriminada de europeus no Reino Unido assim que o Brexit for efetivado em 2019 – se é que esse prazo será mesmo cumprido.
A partir disso, os europeus vão sofrer restrições quase tão severas quanto os extracomunitários enfrentam para entrar aqui, entre eles os brasileiros, por exemplo.
Desde trivialidades, como a necessidade de mostrar passaporte na imigração – hoje os europeus podem viajar só com documento de identidade comum – até um tempo máximo de estadia no país que deve ser de seis meses.
Os britânicos não vão permitir mais que os europeus entrem no país para morar sem uma proposta de emprego. E não será qualquer proposta. Somente trabalhadores altamente qualificados com ofertas para ocupar vagas de remuneração elevada vão conseguir visto de residência e trabalho por períodos mais longos, entre três e cinco anos.
Os empregadores também vão ter que dar preferência para os trabalhadores que já são residentes no país antes de oferecer a vaga para um novo imigrante.
Se for levado adiante, esse novo conjunto de regras imigratórias para europeus deve bagunçar ainda mais a relação da Grã-Bretanha com o continente em um momento em que as negociações do Brexit estão empacadas.
E não apenas isso. Os negócios no Reino Unido também devem ser afetados porque a mão de obra estrangeira – sobretudo no setor de serviços – é indispensável. Não dá para tomar um café em Londres sem ser servido por um espanhol ou italiano.
Os números de imigração no Reino Unido já vêm baixando consideravelmente, mas o governo quer fechar as portas por completo, na expectativa de que o país vai ficar mais seguro, com mais empregos e salários mais altos. Parece lindo no papel, vamos ver como funciona na prática.
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