Reino Unido anuncia proibição de venda de carros novos movidos a diesel e gasolina a partir de 2040
Os Estados Unidos podem ter abandonado o Acordo de Paris, que trata das mudanças climáticas, mas os europeus seguem a todo vapor no plano de reduzir a emissão de poluentes na atmosfera.
Existe uma verdadeira guerra contra os combustíveis fósseis. O governo do Reino Unido anuncia nesta quarta-feira (26) a proibição completa da venda de carros novos movidos a diesel e gasolina a partir de 2040. O principal motivo para esta proibição não são apenas as mudanças climáticas, mas principalmente a qualidade terrível do ar que se respira.
É uma meta ambiciosa e de longo prazo, sem dúvidas. Mas provavelmente ela vai funcionar mais como um estímulo para que a indústria automobilística acelere de vez os planos a favor dos motores movidos a energia elétrica.
A marca sueca Volvo, que na verdade pertence a um grupo chinês, anunciou recentemente que vai parar de produzir e vender carros que rodam somente com combustíveis fósseis já a partir de 2019.
Outras grandes montadoras também estão ampliando suas linhas de elétricos e híbridos, incluindo os carros de luxo. A startup americana Tesla já começou a entregar seu modelo com preço mais acessível.
As ruas de Londres, em vários sentidos, já parecem cenário de filmes futuristas em vários sentidos – mesmo que muitas sejam milenares. Os carros elétricos, que andam sem fazer barulho, são presença constante.
Os pontos de recarga também se multiplicaram nos últimos anos. A imagem de carros parados na rua com um cabo conectado a um poste na calçada já não é mais novidade.
É bem provável que quando a proibição para os carros novos movidos a gasolina e diesel entrar em vigor em 2040 a lei já tenha se tornado obsoleta por força do mercado mesmo.
A França, que vem restringindo ano a ano a circulação de veículos movidos a diesel, também já anunciou medida semelhante.
O governo britânico ainda está lançando um pacote milionário para modernizar o tráfego do país, com mudanças no traçado de ruas e reformas no transporte público.
O equivalente a mais de um bilhão de reais será investido só para reprogramar os semáforos ao redor do país, o que ajuda na fluidez e reduz as emissões.
Os ambientalistas da Inglaterra ainda estão reticentes com o plano porque queriam medidas ainda mais agressivas. Até porque não são só os automóveis que poluem o planeta. Na verdade, o grosso vem mesmo de outros lugares. Indústrias, agronegócio, aviação, só para citar alguns exemplos, não serão afetados diretamente pelas medidas anunciadas hoje.
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