Reino Unido confirma 3º caso de coronavírus; governo amplia recomendações

  • Por Ulisses Neto
  • 07/02/2020 09h09 - Atualizado em 07/02/2020 09h21
EFE Governo britânico confirmou terceiro caso de coronavírus

Aqui em Londres manhã bonita de inverno nesta sexta-feira, mas também gelada. Termômetros marcando três graus em Westminster.  A crise do coronavírus continua crescendo e as autoridades aqui do Reino Unido ampliaram as recomendações para quem esteve na Ásia.  Um terceiro caso da doença foi confirmado aqui no Reino Unido – o primeiro em um britânico.

O homem que não foi identificado está sendo tratado em um hospital aqui de Londres.  O mais relevante neste caso, no entanto, é que o paciente não esteve na China – a contaminação dele com o coronavírus ocorreu em Cingapura.

Isso fez com o que o governo britânico ampliasse as suas recomendações de quarentena, que estavam restritas a quem viajou para a China.  Agora devem ficar em alerta as pessoas que passaram por Tailândia, Japão, Coréia do Sul, Hong Kong, Taiwan, Cingapura, Malásia e Macau.

Evidentemente, isso amplia muito o número de pessoas que podem ter tido contato com o coronavírus.  Principalmente porque muitos desses países são bastante populares entre os turistas britânicos.

Por isso a recomendação é para o auto-isolamento – quem apresentar sintomas relacionados ao coronavírus, ainda que leves, deve ficar em casa e ligar para o sistema público de saúde imediatamente, segundo o governo de Londres.

As autoridades britânicas já realizaram quase 500 testes em suspeitas de coronavírus e todos deram negativo até agora.

O terceiro caso de coronavírus também foi confirmado hoje na Itália – o paciente esteve em Wuhan e agora é tratado em Roma. A doença começa a se espalhar por outros países asiáticos, o que pode complicar bastante a situação.

Enquanto isso, os impactos negativos na economia global vão ficando cada vez mais evidentes.  A fábrica de automóveis mais produtiva do mundo está sendo fechada neste momento como repercussão da crise.

Os confinamentos obrigatórios na China interromperam a produção de peças e por isso a Hyundai suspendeu as operações na planta de Ulsan, na Coreia do Sul.  Analistas estimam que o fechamento do complexo fabril por cinco dias custaria à Hyundai – a quinta maior fabricante de automóveis do mundo – pelo menos 500 milhões de dólares.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.