Reino Unido entra em semana decisiva para o Brexit – e para May
O Reino Unido vive um momento de profunda incerteza sobre o seu futuro e não está sabendo bem como lidar com isso. Não se fala de outro assunto há dias e a questão parece ter sido resumida da forma mais simples possível: deve-se deixar a primeira-ministra no cargo ou não?
Theresa May tem percorrido uma maratona midiática nos últimos dias para convencer a população de que o acordo que ela firmou com a União Europeia é o melhor possível para o país. A liderança dela pode ser questionada a qualquer momento e ninguém sabe ao certo por quanto tempo May vai ficar no cargo.
E o ponto que ela levantou foi o seguinte: trocar o líder do país neste momento não vai facilitar as negociações com a Europa nem alterar as contas no parlamento britânico, que ainda precisa aprovar o acordo e tudo indica que não irá fazê-lo.
Para May, tirá-la do poder agora só vai aumentar o grau de incerteza no país e aumentar o risco de que as negociações atrasem e que o Brexit não se concretize.
É difícil discordar da primeira-ministra. A União Europeia convocou uma reunião de cúpula na semana que vem para discutir o acordo com os britânicos, mas já avisou que o encontro pode ser cancelado se situações drásticas ocorrerem nos próximos dias. Nada mais drástico que um líder de governo caindo neste momento.
Enquanto as incertezas crescem, a libra esterlina se desvaloriza e os britânicos aos poucos entendem que seja qual for o resultado do divórcio a vida por aqui será bastante conturbada nos próximos anos.
De qualquer forma, uma certeza prevalece até agora, pelo menos é o que garante Theresa May. Se alguém ainda tem alguma dúvida, nós vamos deixar a União Europeia em 29 de março de 2019, disse a primeira-ministra.
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