Reino Unido estuda mudar forma que Censo é realizado no país
O governo do Reino Unido estuda a possibilidade de acabar com a forma atual que os censos são realizados no país. Assim como no Brasil, milhões de britânicos são visitados a cada 10 anos para responder um longo questionário.
O próximo censo britânico será realizado no ano que vem e ainda vai seguir o modelo tradicional. Mas um dos grandes problemas dessa desta história toda é o investimento: o estudo de 2021 deve custar cerca de 900 milhões de libras — o equivalente a mais de R$ 5 bilhões.
O governo britânico está estudando alternativas não apenas para reduzir essa conta, mas também para conseguir dados mais precisos.
A avaliação é de que é possível conseguir dados mais granulares e com pesquisas muito mais rápidas de serem conduzidas. O que na era do big data, onde dados são analisados em massa para conduzir opiniões e definir estratégias políticas, parece algo bastante óbvio.
A ideia em estudo prevê o cruzamento de dados de diversas fontes do governo britânico. Carteiras de motorista, do imposto equivalente ao IPTU, registros do IBGE local e até do sistema público de saúde — que todo residente do território britânico precisa se registrar em algum momento da vida.
No ano passado, houve uma forte discussão no Brasil sobre as mudanças para o Censo 2020 e na Inglaterra não deve ser diferente. Principalmente porque o país têm um longo histórico de levantamento de dados de sua população.
Na verdade, o primeiro registro de uma forma de levantamento sobre os habitantes da Grã Bretanha tem cerca de mil anos. Já censo em moldes próximos ao que conhecemos atualmente é realizado há cerca de 200 anos.
O século 21 trouxe a possibilidade de processamento em um nível inimaginável de informações sobre cada indivíduo. E por isso o estudo está sendo revisto agora.
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