Reino Unido inicia processo de registro de estrangeiros que moram no país há, pelo menos, cinco anos
Apesar do clima ruim e da comida de gosto duvidoso, o Reino Unido é um dos países mais procurados por imigrantes europeus.
Por um motivo simples: praticamente não falta emprego, sobretudo na capital Londres. E a situação dos quase quatro milhões de europeus que vivem em solo britânico começou a ficar mais clara nesta semana.
O governo local finalmente deu início ao processo de registro dos estrangeiros comunitários que moram no país já se preparando para o Brexit.
O esquema por enquanto está funcionando apenas em fase de testes: quatro mil europeus foram selecionados para dar entrada no pedido de residência permanente. Para conseguir o documento, o imigrante precisa morar no Reino Unido há, pelo menos, cinco anos.
O prazo de registro dos europeus vai até junho de 2021 e deve ser aberto para todos no ano que vem, assim que o Reino Unido deixar a União Europeia em 29 de março.
O mais importante da história é que o governo britânico está garantindo que, com ou sem acordo para o Brexit, ninguém será obrigado a deixar o país.
Mas é bastante provável que após o divórcio a livre circulação de pessoas chegue ao fim. Ou seja, quem estiver dentro até março do ano que vem fica, quem estiver fora terá que pedir para entrar. Mesmo assim, a análise é a de que a economia britânica não conseguirá operar sem estrangeiros. Logo, as regras de imigração para os comunitários devem acabar sendo mais flexíveis.
E isso já é possível ver no esquema para residência permanente que está sendo testado. Um extracomunitário, como eu, por exemplo, precisa pagar cerca de duas mil e oitocentas libras, ou quase 15 mil reais, só em taxas para o governo, além de enfrentar uma avalanche de burocracia com toda sorte de documentos possíveis.
Já os europeus vão pagar apenas 65 libras em taxas, ou 350 reais, apresentar documento de identidade, declaração de antecedentes criminais e uma foto 3×4.
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