Reino Unido registra primeira morte pelo coronavírus; avanço da doença preocupa continente

O Reino Unido confirmou na quinta-feira (5) a primeira morte no país causada pelo coronavírus. Apesar disso, o governo insiste que não há motivo para pânico e que os planos de contingência seguem os mesmos.
A vítima britânica era uma senhora, na casa dos 70 anos, e que já tinha outros problemas sérios de saúde. Este tem sido o padrão entre as vítimas do Covid-19 — pessoas de mais idade e com sistema imunológico fragilizado.
O que mais tem preocupado as autoridades é o rápido avanço do coronavírus pelo continente europeu. Os casos dobraram na Grã Bretanha em apenas dois dias — já são 116 confirmados.
Com este aumento, os agentes de saúde decidiram que pessoas contaminadas e que apresentem sintomas mais leves devem ser tratadas em casa. Assim, as vagas nos hospitais vão ficar reservadas apenas para aqueles que realmente precisarem.
Isso mostra que, de maneira geral, o governo britânico trata a possibilidade de uma epidemia em larga escala como praticamente inevitável.
O campeonato inglês confirmou também nesta quinta que, por enquanto, os jogos de futebol seguem com portões abertos. Mas os atletas não vão mais se cumprimentar no que é chamado de aperto de mão do fair play — antes do início da partida.
Na Itália, diversas partidas de futebol serão realizadas com portões fechados nos próximos dias. O país já tem 3,3 mil casos confirmados, com 148 mortes.
Na Espanha, três pessoas morreram com Covid-19 e essas vítimas indicaram que o vírus já estava circulando pelo país antes do imaginado.
A França, que também tem registrado crescimento constante dos casos de coronavírus, já se prepara para o que chamou de Fase 3 da crise. Na quinta-feira o presidente Emmanuel Macron disse que uma epidemia é inevitável — e que os esforços de preparação do sistema público de saúde estão sendo elevados diante desta nova realidade.
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