Reino Unido segue paralisado enquanto aguarda definição do Brexit
Faltando apenas 10 dias para a data marcada para o Brexit, o Reino Unido mergulhou no que está sendo chamado de crise constitucional. A primeira-ministra Theresa May pretendia levar seu acordo com a União Europeia para votação nesta terça-feira (19) pela terceira vez.
Mesmo tendo sido humilhada nas últimas duas, May acreditava na chance de mudar a postura da Câmara dos Comuns simplesmente porque a perspectiva de separação sem acordo parece obscura demais.
Acontece que o presidente da Casa, John Bercow, desafiou a primeira-ministra e decidiu que o texto não pode ser colocado em votação outra vez, a não ser que mudanças significativas em seu conteúdo sejam apresentadas.
E assim a crise foi aberta. A especulação nos jornais é de que Theresa May ficou sem alternativa. Ela terá que pedir uma extensão longa para o divórcio da União Europeia. Se for assim, o Brexit previsto para daqui a dez dias pode ficar só para daqui a dois anos mesmo.
A questão é o que poderá ocorrer neste caso. São muitas as possibilidades, desde a convocação de uma eleição geral, passando até por um segundo referendo.
O processo de separação da União Europeia está sendo mais caótico que o previsto e tem sido impossível prever o dia de amanhã. Logo, tudo não passa de especulação neste momento.
O que é certo é que o Reino Unido está parado no que diz respeito a planejamento de estado aguardando uma definição. Há nada menos que três anos nesta situação.
A primeira-ministra vai a Bruxelas na quinta-feira (21) e algo de novo deve sair do encontro até porque a data para o divórcio já começa a ser contada em horas. E se de fato uma extensão for acordada, o que parece o cenário mais provável, os britânicos vão ter que participar da eleição para o parlamento europeu em maio, o que vai adicionar o equivalente a 500 milhões de reais a conta de separação.
Está sendo traumático, conflituoso e caro implementar o Brexit. Bem nos moldes de um divórcio litigioso mesmo.
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