Reino Unido tenta salvar acordo nuclear com o Irã
Chegou a vez de os britânicos tentarem salvar o acordo nuclear com o Irã, que anda ameaçado pelos Estados Unidos.
O secretário do Exterior do Reino Unido, Boris Johnson, está em Washington para conversas com a Casa Branca sobre o tema.
Johnson não vai encontrar Trump pessoalmente, mas vai usar outra forma de se fazer ouvir pelo presidente: dará entrevista para o programa noticiário matinal Fox and Friends.
Angela Merkel, da Alemanha, e Emmanuel Macron, da França já tentaram persuadir Trump sobre a importância do acordo, aparentemente sem sucesso.
No sábado que vem (12) vence o prazo para Trump assinar a renovação do dos documentos que isentam o Irã de sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Em contrapartida, o governo de Teerã tem que manter congelado seu programa de enriquecimento de urânio.
Macron chegou a dizer neste domingo (6) que se os americanos vão abrir uma caixa de pandora se cancelarem o acordo nuclear que poderá levar a guerra.
Apesar da retórica inflamada do presidente, os diplomatas britânicos afirmam que uma decisão ainda não foi tomada e que é possível convencer a Casa Branca a se manter no tratado assinado por Barack Obama em 2015.
Trump chamada o acordo atual de ridículo porque, segundo as fontes dele, o Irã não revelou a completa extensão de seus armamentos e poderá ter uma bomba nuclear assim que o entendimento deixar de valer.
Também aponta que os mísseis de longo alcance do país deveriam ter entrado no escopo das discussões, o que não ocorreu e que por fim Teerã está descumprindo sistematicamente o que foi acertado.
A questão é que todos os outros envolvidos nas negociações, Rússia, China, Alemanha, França e Reino Unido e o próprio Irã dizem o contrário.
Até agora os europeus não conseguiram fazer Trump mudar de ideia. Os britânicos têm poucas horas para isso.
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