Relator admite que pode retirar pontos da reforma da Previdência já na CCJ

  • Por Jovem Pan
  • 02/04/2019 06h37
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Najara Araujo/Câmara dos Deputados Deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) discursa no púlpito da Câmara dos Deputados Pontos que já encontram resistência entre os deputados, como as regras para aposentadoria rural e para o BPC, já podem sair logo de cara da reforma caso haja acordo

O relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Marcelo Freitas (PSL), admitiu que pode retirar pontos do texto.

Segundo ele, o relatório vai ser apresentado no máximo até o dia 09 e vai analisar a proposta como um todo, ou seja, sem fatiamento. Porém, pontos que já encontram resistência entre os deputados, como as regras para aposentadoria rural e para o BPC, já podem sair logo de cara da reforma caso haja acordo com parlamentares e a equipe econômica.

“Tecnicamente é possível a exclusão na CCJ, mas a questão será pormenorizadamente analisada e é por esse motivo que há discussão do aspecto técnico com o político para que se consiga o melhor resultado para a população brasileira”, disse.

Nos bastidores, deputados do centrão articulam para retirar as regras do BPC já na CCJ. Porém, o relator relembrou que discussões de mérito da PEC devem ficar para a comissão especial. Na Câmara, ninguém tem dúvidas de que o parecer será favorável à proposta. Mas Marcelo Freitas preferiu não adiantar: “eu como relator não antecipo meu relatório”.

Apesar dos recentes atritos entre Congresso e Palácio do Planalto, governistas acreditam que o ambiente político vem melhorando nos últimos dias. O presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL), se disse confiante sobre a aprovação na comissão: “está a caminho. A questão está tranquila, o calendário está posto e não vejo mudança significativa neste calendário”.

Esta quarta-feira (03) será um dos dias mais importantes para que a reforma da Previdência avance na CCJ: o ministro da Economia Paulo Guedes vem ao colegiado tirar dúvidas dos deputados. O objetivo do Governo é aprovar a proposta na comissão no dia 17.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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