Relator da reforma do IR no Senado se reunirá com Guedes e Lira nesta segunda

Angelo Coronel defendeu o diálogo com a Câmara, que será responsável por dar a palavra final sobre o texto

  • Por Jovem Pan
  • 27/09/2021 06h20 - Atualizado em 27/09/2021 08h49
Jefferson Rudy/Agência Senado Angelo Coronel A proposta de reforma do Imposto de Renda já foi aprovada na Câmara e agora tramita na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal

O senador Angelo Coronel, relator do texto que altera as regras do Imposto de Renda, tem reuniões nesta segunda-feira, 27 com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para tentar costurar acordos e dar celeridade à reforma. Para o parlamentar, é possível apresentar o relatório ainda em outubro. “Evidentemente que há um risco de não ser aprovado neste ano. Quando chegar próximo ao Natal teremos o recesso e essa matéria fica, provavelmente, para o ano seguinte. Mas vamos fazer de tudo para que a gente consiga matar esse assunto ainda neste ano”, disse. Angelo Coronel defendeu o diálogo com a Câmara, que vai ser a responsável por dar a palavra final sobre o texto, para evitar atrasos na tramitação.

“Conheço bem o Arthur Lira, tenho um laço de amizade com ele, e vou tentar utilizar isso para que a gente possa lavrar o nosso relatório com as devidas mudanças e que na Câmara ele também possa conduzir e que não haja nenhum obstáculo”, afirmou. A proposta não é unanimidade entre os parlamentares. O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, ainda se mostra resistente ao texto. Ele deve encaminhar a votação do projeto em contrapartida a um acordo com Arthur Lira, que deve pautar o projeto que cria o Programa Especial de Regularização Tributária.

Entre os principais pontos da proposta, há tendência de manutenção da revisão da tabela do Imposto de Renda da pessoa física, tributação de lucros e dividendos, as isenções para alguns setores e o fim da dedução dos juros sobre capital próprio. Angelo Coronel apontou preocupação com a arrecadação dos municípios. “Não podemos deixar que Estados e municípios percam receitar, porque principalmente os municípios é onde tudo acontece. Então não podemos deixá-los sem as receitas satisfatórias para tocar suas ações sociais e de saúde.” A proposta já foi aprovada na Câmara e agora tramita na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.

*Com informações do repórter João Vitor

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