Relatório acusa mais de 300 padres por abusos sexuais nos EUA
Mais de 300 padres da Igreja Católica foram acusados, nesta terça-feira (14), de abuso sexual no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. O relatório foi divulgado pela Suprema Corte da Pensilvânia e, de acordo com o procurador-geral do Estado, Josh Shapiro, mais de mil crianças teriam sido violentadas.
Além disso, o documento, que tem mais de 1.400 páginas, traz detalhes das tentativas de líderes religiosos de encobrirem os casos que aconteceram ao longo de 70 anos.
Nas palavras do procurador, havia “um acobertamento sistemático por autoridades sêniores da igreja na Pensilvânia e no Vaticano”.
Esta investigação durou 18 meses e é a mais abrangente feita nos Estados Unidos sobre abuso sexual na Igreja Católica. A maioria das vítimas eram meninos que estavam na pré-puberdade.
Segundo o documento, alguns foram manipulados com álcool e pornografia e outros foram tocados e violentados.
Membros da Igreja Católica tentaram impedir que o relatório fosse divulgado, alegando ser uma violação aos direitos constitucionais. O caso na Pensilvânia vem à tona em um momento em que a Igreja enfrenta a denúncia de uma série de casos de abusos cometidos por padres em países como a Austrália e o Chile.
Em declarações divulgadas na terça-feira, os bispos católicos da Pensilvânia pediram orações pelas vítimas e pela igreja e disseram que as medidas instituídas nos últimos anos já estão tornando a igreja mais segura.
O bispo Lawrence Persico, da Diocese de Erie, disse que reconhece os abusos do passado e que os religiosos estão comprometidos em serem transparentes daqui para frente.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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