Relatório da CPI do BNDES vai ser entregue nesta terça

  • Por Jovem Pan
  • 08/10/2019 06h19 - Atualizado em 08/10/2019 10h55
Arquivo/Agência Brasil Banco de fomento econômico registrou alta de 17% na comparação com resultados de 2019 Após a leitura, será concedida a chamada vista coletiva, e o texto poderá ser votado já na semana que vem

O relator da CPI do BNDES, deputado Altineu Côrtes, deve entregar o parecer nesta terça-feira (8). Após a leitura, será concedida a chamada vista coletiva, e o texto poderá ser votado já na semana que vem.

A expectativa é que o relator proponha o indiciamento de ex-diretores e autoridades que tiveram relação com os empréstimos concedidos pelo banco público durante os governos petistas.

Em tese, o investimento foi feito porque traria “contrapartidas que colaborariam com o desenvolvimento econômico e social do país”. Mas, de acordo com as investigações da Comissão, o retorno não chegou nem perto do esperado.

Para chegar a essa conclusão, os membros da CPI convocaram uma séria de autoridades para prestar depoimento. Muitas delas, como Eike Batista, Antonio Palocci, Dario Messer e Ricardo Saud, foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal e ficaram calados durante as oitivas.

Isso gerou críticas, inclusive do presidente do colegiado, deputado tucano Vanderlei Macris.

A CPI foi criada em março deste ano para investigar contratos firmados pelo BNDES entre 2003 e 2015, com ênfase nos acordos internacionais. Tratam-se de projetos financiados pelo banco em países como Gana, Guiné Equatorial, Venezuela, República Dominicana e Cuba.

Muitas dessas obras foram realizadas por empreiteiras brasileiras enroladas na Lava Jato. Essas empresas conseguiram empréstimos abaixo do valor de mercado, e a CPI investiga justamente o retorno que a liberação desse dinheiro trouxe para o Brasil.

É bom lembrar que, ‘abrir a caixa preta do BNDES’ é uma das promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro. Desde o início do ano, o banco já devolveu ao Tesouro Nacional R$ 84 bilhões.

De qualquer forma, ainda há um saldo devedor de cerca de R$ 200 bilhões.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado

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