Relatório revela queda na confiança dos brasileiros nas instituições

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2017 07h16 - Atualizado em 25/10/2017 11h31
EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves A perda do índice de credibilidade atinge todas as esferas do poder público, o Judiciário e até a Igreja Católica

O relatório da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas revelou queda na confiança da população em quase todas as instituições do País.

A perda do índice de credibilidade atinge todas as esferas do poder público, o Judiciário e até a Igreja Católica.

Um dos mais prejudicados pelo desgaste é o Ministério Público, que teve uma redução de 22%, na comparação com o ano passado.

Sindicatos viram a confiança cair 29%, enquanto emissoras de televisão registraram uma diminuição de 9%.

As Forças Armadas seguem com a melhor avaliação da pesquisa, apesar da queda do índice, de 68% para 56%.

A professora Luciana Ramos, coordenadora do estudo, afirmou que as instituições enfrentam a falta de representatividade: “existe uma enorme diferença, distância, entre os interesses da população e os dos representantes. Neste sentido, as pessoas não veem as instituições como canais legítimos de representações”.

Um outro levantamento, divulgado nesta terça-feira pelo instituto Datafolha, mostra que a corrupção é o fator que mais atrapalha o desenvolvimento do país.

O consultor Guilherme Marback, da consultoria Crescimentum, que participou do estudo, ressaltou que o brasileiro passou a valorizar mais a honestidade: “quando a gente olha para a cultura desejada, o brasileiro apresenta, diferentemente de 2010, um desejo de cultura em níveis de consciência mais elevados. Traz como valores importantes a honestidade, compromisso, cidadania e oportunidade de educação”.

Na avaliação do consultor Guilherme Marback, o brasileiro está mais consciente em relação à própria responsabilidade nas mudanças sociais.

De acordo com a pesquisa, a corrupção é hoje o fator de maior preocupação no País, seguido da violência, da pobreza e da agressividade.

*Informações do repórter Vitor Brown

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