RenovaBio é alternativa para reduzir dependência do diesel no transporte rodoviário
Brasil tem potencial para expandir biocombustíveis e reduzir dependência do diesel no transporte rodoviário. O país ficou “refém” dos caminhoneiros, numa clara demonstração da necessidade de urgentes investimentos em infraestrutura.
Especialistas ressaltam que o petróleo irá manter seu protagonismo nos combustíveis ainda por um bom tempo, mas vão surgir muitas alternativas.
De acordo com a gerente executiva da Abiogás, Camila D’Aquino, o potencial do biometano nas próximas décadas. “A gente pode suprir quase 50% da demanda. Detalhe, sendo gerado próximo a fonte, sendo gerado dentro do país, gerando emprego e renda, com taxa com variação em reais. Então, o biometano vem com uma grande oportunidade”, afirmou.
Camila D’Aquino ressalta o apoio do governo federal na criação de alternativas aos combustíveis tradicionais, por meio do chamado RenovaBio, política do Ministério de Minas e Energia para alavancar as fontes não poluentes de energia, como etanol, biodiesel e biometano.
Até a expansão mais significativa dos biocombustíveis, no entanto, o Brasil terá de lidar com a volatilidade do petróleo, como commodity internacional.
Já o professor da USP, Ildo Sauer, considera que a CIDE deveria ajudar a regular os preços dos combustíveis em momentos de alta. “É possível seguir preço internacional, mas neste caso é preferível que se tenha um fundo estabilizador e que o ganho econômico disso vá para a população. Ou que se compartilhe uma parte aos consumidores. Quem tem mais poder aquisitivo é quem mais consume combustíveis”, declarou.
Sauer ressalta que a Petrobras deveria se estruturar para atender, além dos seus acionistas, seus consumidores e a sociedade brasileira. O professor diz ainda acreditar que a solução para essa crise gerada pela greve dos caminhoneiros deve ser dada no campo político.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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