Represas de São Paulo iniciam período chuvoso com nível preocupante
O baixo de volume de chuva em São Paulo nos últimos meses reacende a preocupação com a situação das represas. No Sistema Cantareira, por exemplo, que abastece 46% da população da região metropolitana da capital, o índice pluviométrico ficou abaixo das médias históricas em agosto, em setembro e em outubro.
No mês passado, eram esperados 129,4 milímetros de chuva, mas o total recebido ficou em 29,4 milímetros.
O professor de Hidrologia e Gestão de Recursos Hídricos da Unicamp, Antonio Carlos Zuffo, diz que a estiagem pode ser resultado do fenômeno La Niña, mas acredita que, em novembro, o volume tende a subir. “Nós esperamos condições normais para a nossa região, ou seja, seria um período em que as chuvas seriam em torno da média histórica. Não acima, nem abaixo”, disse.
Além dos possíveis reflexos no abastecimento de água, a falta de chuva também tem impacto na conta de luz. Por causa da estiagem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) colocou em vigor, em novembro, a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que aumenta o valor final. Nesse estágio, a taxa extra é de R$ 4,16 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Mas o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Eduardo Barata, diz que a expectativa é positiva para o restante do ano. “Com a agregação das usinas do Norte, como de Madero e Belo Monte, e a transmissão mais robusta do que tínhamos no passado, a nossa expectativa é chegar acima de 50% no final do período úmido.”
Em outubro, estava em vigor a bandeira amarela, com taxa de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
*Com informações do repórter Vitor Brown
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.