Reunião entre auditores da Receita e Paulo Guedes termina sem acordo: ‘Frustrante’
Categoria reivindica o pagamento de bônus de eficiência, benefício criado em 2016 e que ainda não foi regularizado; servidores ameaçam greve geral e organizam paralisação para a próxima terça-feira, 18
A reunião entre os auditores fiscais da Receita Federal e o ministro da Economia, Paulo Guedes, terminou sem acordo. Entre a categoria, uma das reivindicações é a regulamentação do chamado bônus de eficiência, criado em 2016 e que ainda não foi regularizado. O pagamento do benefício custaria cerca de R$ 400 milhões ao governo. No entanto, o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), Isac Falcão, disse que o encontro com Guedes foi “frustrante” e que a tendência é que o movimento se intensifique. A especulação é que pelo alto número de servidores que deixaram seus cargos, a Receita Federal suspenda a publicação de entregas de cargos no Diário Oficial nos próximos dias.
O movimento de entrega de cargos entre os auditores acontece após o presidente Jair Bolsonaro anunciar reajuste para os policiais federais, policiais rodoviários federais e funcionários do Departamento Penitenciário. Com isso, servidores de outras categorias ameaçam entrar em greve geral em fevereiro. A primeira paralisação está marcada para o dia 18 de janeiro. Além disso, funcionários de outros órgãos, como o Banco Central, também estão abrindo mão de cargos comissionados. Com a decisão, o funcionário público não perde o emprego, apenas entrega a chefia, o que pode prejudicar o funcionamento das entidades. Nos bastidores, a avaliação é que o Ministério da Economia estaria orientando Bolsonaro a reavaliar o reajuste dos policiais federais.
*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor
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