Ricupero considera nomeação de Weintraub ao Banco Mundial humilhante

  • Por Jovem Pan
  • 23/06/2020 07h10 - Atualizado em 23/06/2020 08h18
Marcelo Camargo/Folhapress Marcelo Camargo/Folhapress Em entrevista à Jovem Pan, Rubens defendeu que um extremista não deve cuidar de questões diplomáticas

O diplomata brasileiro Rubens Ricupero afirmou que a nomeação do ex-ministro da educação Abraham Weintraub para o cargo de diretor do Banco Mundial é profundamente humilhante. O diplomata é uma das 270 personalidades signatárias de uma carta enviada ao banco pedindo que Weintraub não assuma o posto. Eles argumentam que o ex-ministro não possui as mínimas qualificações éticas, profissionais e morais para exercer a função.

Em entrevista à Jovem Pan, Rubens defendeu que um extremista não deve cuidar de questões diplomáticas. Para ele, Weintraub é um agitador e não está interessado em questões concretas.

O diplomata usou como exemplo o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril em que o ex-ministro afirma odiar os termos “povo indígena” e “povo cigano”, além de chamar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de vagabundos. Ricupero também defende que a presença de Weintraub no Banco Mundial prejudica questões nacionais.

Na segunda-feira (22), Weintraub agradeceu às pessoas que o ajudaram a chegar nos estados unidos. Ele entrou no país no último sábado, usando passaporte diplomático para driblar as restrições impostas aos brasileiros por conta do coronavírus. O governo de Jair Bolsonaro só publicou a exoneração do ministro depois que ele já estava em território americano.

*Com informações do repórter Renan Porto

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