Risco de não cumprir “regra de ouro” faz Moody’s colocar pressão negativa sobre nota do Brasil
Após ter tido a nota de crédito diminuída pela agência Standard & Poor’s, o Brasil corre o risco de passar por um novo rebaixamento.
Em outra agência de risco, a Moody’s, a nota do País sofre pressão negativa pelo risco de o Governo não cumprir a chamada “regra de ouro”. Ela é um mecanismo que proíbe que o Estado crie dívidas para pagar despesas correntes, como os gastos para manter a máquina pública.
O Governo chegou a discutir a possibilidade de suspender a regra para este ano, mas voltou atrás. Mesmo assim, o debate pode ser retomado em 2019.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em viagem a Nova York, admitiu que a situação fiscal do Governo é difícil, mas disse que é possível cumprir a regra: “acho que as projeções da equipe econômica são pessimistas e devem ser, mas se olhar direitinho, acho que teremos cenário em 2018 e 2019 menor do que está projetado”.
O rebaixamento anunciado pela Standard & Poor’s foi um balde de água fria para o Governo, que comemorava a inflação baixa.
O ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun disse que o país vive situação econômica invejável, mas reconhece que o futuro é incerto. Segundo ele, a retomada completa da economia depende da aprovação da Reforma da Previdência: “mesmo vivendo hoje situação econômica invejável, o futuro ainda é incerto para essa avaliadora de risco e para o Governo”.
Marun evita falar em números e cálculos, mas diz que o apoio à reforma entre os deputados da base vem crescendo. O Governo precisa reunir 308 votos na Câmara até o final de fevereiro para aprovar.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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