Rodízio ampliado tira carros das ruas, mas aumenta demanda de trens e Metrô
No primeiro dia de rodízio obrigatório na capital, o transporte público de São Paulo registra aumento de passageiros e aglomerações. O decreto, publicado pela Prefeitura, obrigou os paulistanos a deixarem o carro na garagem e usarem os trens e ônibus para se locomover.
O novo rodízio, determinado pelo prefeito Bruno Covas, permite a circulação de veículos com placas com final par somente em dias pares e placas com final ímpar em dias ímpares. A proibição da circulação é válida durante as 24 horas do dia e em todas as regiões da cidade.
Segundo dados do governo de São Paulo, nesta segunda-feira (11) houve alta de mais de 10% no fluxo de passageiros nas linhas 1, 2, 3, 4 e 5 do Metrô, em comparação com o mesmo dia da semana passada. Na CPTM, subiu 15% a quantidade de pessoas nos trens.
A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos não divulgou o total de usuários. A pasta, subordinada ao governo estadual, alegou não ter profissionais suficientes para realizar o levantamento solicitado pela Jovem Pan.
As redes sociais mostraram imagens de aglomerações em passarelas de algumas estações de metrô
Especialistas consultados pela reportagem criticam a medida alegando que ela promove mais aglomerações em locais fechados e, assim, maior risco de disseminação da covid-19. Por outro lado, a Prefeitura afirmou que o registro de congestionamento na cidade caiu na manhã desta segunda-feira.
Dados da CET apontam que houve redução de 11km para 1km em comparação ao mesmo dia da semana passada.
Já a SPTrans, que administra os ônibus municipais, diz que foram utilizados 489 dos 600 coletivos disponíveis em bolsões, localizados em pontos estratégicos da cidade com o intuito de atender todas as regiões.
A pasta afirmou que monitora a movimentação de passageiros para ajustar e adequar a frota à demanda de passageiros.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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