Mansueto: Rombo nas contas públicas pode chegar a R$ 700 bilhões em 2020

  • Por Jovem Pan
  • 15/05/2020 08h14 - Atualizado em 15/05/2020 08h16
Daniel Resende/Futura Press/Estadao Conteúdo Mansueto Almeida é o atual secretário do Tesouro Nacional

O rombo nas contas publicas pode ultrapassar a marca de R$ 700 bilhões neste ano acima de 9% do Produto Interno Bruto. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida,  afirmou em uma videoconferência com senadores e deputados, que devido a pandemia da Covid-19 houve uma explosão nos gastos para investimento, especialmente na área da saúde e socorros aos trabalhadores.

Com isso, o déficit nas contas do setor público, considerando a União, estados, municípios e empresas estatais, vai subir neste ano e, caso confirmado, será o maior valor de toda a série histórica, iniciada em 2001.

Mansueto aponta que as áreas mais vulneráveis não poderiam ficar desamparadas, mesmo que isso leve a deixar o ajuste fiscal de lado. “Em primeiro lugar não pode faltar recursos para a saúde. Segundo ponto, as pessoas em situação vulnerável precisam ser protegidas, e é isso que o governo junto com o Congresso Nacional fez com a criação do auxílio emergencial e o programa para tentar manter o emprego.”

O secretário destaca que que o Brasil estava fazendo a lição de casa, mas foi pego de surpresa, assim como todo o mundo. Este ano a meta de deficit primário tinha como teto R$ 124,1 bilhões. Entretanto, com o decreto de calamidade pública, não será mais necessário focar neste valor.

Mansueto enfatiza que o aumento de impostos para compensar as perdas está fora de cogitação porque o país já tem uma carga tributária alta. “Outros países da América Latina, eles têm espaço para aumentar a carga tributária, esse não é o caso do Brasil.”

Mansueto Almeida indica ainda que, após a pandemia, o Brasil terá que se engajar nas reformas estruturantes para a retomada da economia. Enquanto isso, os mais variados campos da economia continuam reivindicando ajuda do governo.

Associações do setor elétrico entregaram propostas para lidar com a crise, entre as demandas a mais urgente é a injeção de recursos para garantir a liquidez da área.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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