Ronaldinho Gaúcho vai continuar preso no Paraguai

  • 09/03/2020 07h14 - Atualizado em 09/03/2020 09h58
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Divulgação Ronaldinho O primeiro promotor responsável pelo caso havia decidido liberar Ronaldinho Gaúcho e Assis

A defesa de Ronaldinho Gaúcho considera ilegal e vai recorrer da decretação de prisão preventiva contra o ex-jogador de futebol e o irmão dele, Roberto de Assis. Ambos tiveram a detenção autorizada por tempo indeterminado pela juíza Clara Ruiz Díaz após audiência no sábado (7) no Paraguai.

A magistrada atendeu a pedido da promotoria, que entendeu que os suspeitos poderiam fugir e lembrou que o Brasil não extradita os próprios nacionais. Ronaldinho Gaúcho e Assis deixaram o Palácio de Justiça algemados e vão ficar no Agrupamento Especializado da Polícia Nacional, em Assunção.

O ex-jogador e o irmão dele entraram no país vizinho na quarta-feira (4) e foram detidos usando passaportes paraguaios falsificados. Eles viajaram a convite da empresária Dalia López Troche – que também teve prisão decretada – para participar de um evento beneficente.

Segundo a imprensa paraguaia, ela teria oferecido os documentos falsos e usaria a visita de Ronaldinho para lavar dinheiro.

O advogado especializado em direito internacional Jorge Nemr explica que não há muito que as autoridades brasileiras possam fazer nesse caso. “As embaixadas e consulados, quando acionados, podem e devem prestar auxílio aos seus cidadãos. Mas é apenas humanitário. Podem até ajudar na contratação de um advogado, mas não devem interferir politicamente em uma questão judicial.”

O primeiro promotor responsável pelo caso havia decidido liberar Ronaldinho Gaúcho e Assis. No entanto, a procuradora-geral do Estado solicitou a troca do representante da acusação e o novo responsável mudou a estratégia do Ministério Público.

*Com informações do repórter Tiago Muniz

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