Rossieli Soares fala em ‘prejuízos catastróficos’ na educação por causa da pandemia da Covid-19

Secretário de São Paulo acredita que, por outro lado, os avanços tecnológicos chegaram para ficar, apesar de não substituírem os professores

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2021 09h19 - Atualizado em 12/07/2021 17h06
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Eduardo Carmim/Estadão Conteúdo Homem olhando para a frente Para Rossieli, é hora de tentar recuperar o tempo perdido e ele aposta em uma retomada híbrida para minimizar o déficit

O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, está confiante com a retomada das aulas presenciais, ainda que não obrigatórias, no 2º semestre deste ano. O avanço da vacinação contra a Covid-19 para os profissionais da Educação e para a população em geral possibilita que, aos poucos, as escolas retomem a normalidade. Para Rossieli, é hora de tentar recuperar o tempo perdido e ele aposta em uma volta híbrida para minimizar o déficit. “A tecnologia chegou para ficar mais, sim. A educação deu um salto geracional neste ponto. Não é a substituição do professor, porque na educação básica precisamos deste contato. A tecnologia pode ser algo a mais. Hoje, por exemplo, colocamos equipamento de televisão e kit centro de mídias em 100% das salas de aula. O professor vai poder compartilhar sua aula. É um grande passo e que precisamos consolidar.”

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o secretário de Educação afirmou que os prejuízos da pandemia para o setor foram catastróficos. “Imagina a criança que, em 2019, estava no 3º ano do Ensino Fundamental. Fez um ano normal e, em 2020, foi para o 4º ano. Fizemos os esforços para que ela aprendesse algo e perdesse o mínimo possível, mas ela não conseguiu consolidar e não avançou em todos os conhecimentos. Ela avançou para o 5º ano sabendo menos do que em 2019. E essa avaliação foi feita CPF versus CPF, o que ela sabia versus o que ela sabe pessoalmente”, explicou.

Rossieli ainda adicionou que neste período acontece também uma das transições mais importantes da vida escolar, do 5º para o 6º ano. “Já é complexo sem pandemia. Por isso é importante voltar ainda neste 2º semestre.” Um dos impactos da pandemia da Covid-19 que ainda não pode ser mensurado foi quanto à evasão escolar. Para o secretário, isso só será visto, de fato, com a retomada obrigatória —  o que deve acontecer no ano que vem. A previsão é de que o atual ano letivo tenha fim na data programada, no fim de dezembro. Mas que, assim como neste ano, o mês de janeiro estará à disposição dos alunos para “recuperar o tempo perdido” com atividades extras e de acolhimento. De acordo com ele, o foco agora deve ser nas habilidades mais essenciais para permitir aos alunos que continuem avançando, como a alfabetização.

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