Rússia vê exagero em punição por doping e fala em perseguição

  • Por Jovem Pan
  • 10/12/2019 06h46 - Atualizado em 10/12/2019 06h47
Reprodução A Rússia vai recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça e o julgamento deve acontecer no ano que vem

O Comitê Olímpico da Rússia considerou inadequadas e excessivas as sanções da Agência Mundial Antidoping contra o país. Nesta segunda-feira (9), a entidade proibiu a Rússia de disputar eventos como os Jogos Olímpicos de 2020 e a Copa do Mundo de 2022.

Os russos entenderam as sanções como um novo episódio de perseguição por parte dos organismos esportivos internacionais. Para o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, se trata de uma “histeria anti-Rússia”.

O país está na mira da Agência Mundial Antidoping desde 2014, quando foi revelado um esquema estatal de violação do controle antidopagem, que funcionou durante os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi.

A Rússia vai recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça e o julgamento deve acontecer no ano que vem.

Caso a decisão desta segunda-feira seja mantida, os atletas russos poderão competir na Olimpíada do ano que vem, sem a bandeira da Rússia, caso provem que estão livres de doping.

Assim como ocorreu nos Jogos de Inverno em Pyeongchang, em 2018, os atletas estampariam a sigla “OAR”, que significa “Atleta Olímpico Russo”. Na ocasião, a delegação de “atletas olímpicos russos” foi a quarta maior dos Jogos, com 168 atletas

Essa possibilidade desagradou também aos Estados Unidos, que defendiam uma punição mais severa.

O CEO da Agência Americana de Controle de Dopagem, Travis Tygart, disse que a fraqueza da punição aplicada é “mais um golpe devastador para a integridade do esporte”.

Caberá agora às federações de cada modalidade decidir como proceder. A Federação de Atletismo, por exemplo, já proíbe o envio de delegações com a bandeira russa desde 2015.

*Com informações do repórter Renan Porto

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