Salário mínimo e BPC continuarão corrigidos pela inflação, diz ministério da Economia
O Ministério da Economia afirmou, nesta quinta-feira (19), que tanto o salário mínimo quanto o Benefício de Prestação Continuada (BPC) permanecerão sendo corrigidos pela inflação. O esclarecimento da pasta, por meio de sua assessoria, veio em razão de declarações dadas mais cedo pelo secretário especial adjunto de Fazenda, Esteves Colnago.
Durante a abertura de um seminário em Brasília, Colnago falou sobre o tema. Ele lembrou que gastos indexados são, por lei, automaticamente corrigidos por um índice, como a inflação.
Com o atual cenário de crise fiscal e dificuldade orçamentária, que prevê um déficit de até R$ 139 bilhões este ano, defensores da desindexação argumentam que a medida poderia melhorar o caixa do governo. No início da semana, a equipe econômica de Paulo Guedes já havia cogitado a possibilidade de retirar da Constituição a obrigatoriedade do salário mínimo ser reajustado pela inflação.
Colnago lembrou que qualquer medida de congelamento teria que tramitar no Congresso através de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), mas disse que o governo ainda não se decidiu se vai levar a ideia adiante. Entre os itens que poderiam ser desindexados, ele lembrou o salário mínimo e o BPC, mas o ministério já descartou essas alterações.
*Com informações do repórter Camila Yunes
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