Salles diz que medidas preventivas contra fogo no Pantanal não puderam ser tomadas por ‘questões ideológicas’
Ministro do Meio Ambiente citou o despejamento de “água antifogo” e “fogo frio”

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, justificou que o fogo que toma parte do Pantanal já há alguns dias não pode ser evitado porque “questões ideológicas” impediam ações preventivas. “Existe uma queima preventiva, conhecida como ‘fogo frio’, que é provocar uma queimada controlada com o objetivo de reduzir massa orgânica, a que serve como combustível para o fogo. Quando vem o incêndio, vem em altas proporções”, explicou. Ele também citou a criação de gados soltos, que ajudariam no combate às queimadas como forma de prevenção, e ao despejamento de “água antifogo”. “Por uma questão ideológica, não deixam usar. Isso tornaria o despejamento de água cinco vezes mais eficiente”, completou.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Salles lembrou dos incêndios que também atingem à Califórnia, nos Estados Unidos. Segundo ele, o “fogo preventivo” também foi impedido em território americano — o que provocou áreas devastadas ainda maiores do que no Brasil. De acordo com ele, quanto ao aspecto climático, não há o que ser feito. “Tem a questão do clima seco e temperatura alta. Como isso é uma questão climática não há nada a fazer”, disse. “A questão da temperatura influência. Há anos que chove mais, há anos que chove menos, anos mais quentes, mais frios. O ponto principal do Pantanal é uma questão local”, finalizou o ministro.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.