Salles sobre queimadas na Amazônia: ‘Situação está próxima do controle’

  • Por Jovem Pan
  • 10/09/2019 06h36 - Atualizado em 10/09/2019 10h06
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Fátima Meira/Estadão Conteúdo Ministro voltou defender a exploração econômica da floresta

O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou, nesta segunda-feira (9), que a situação das queimadas na Amazônia já tende ao controle. Em um evento do Grupo de Líderes Empresariais em São Paulo enfatizou que as medidas tomadas pelo governo no combate aos incêndios estão surtindo efeito.

“O governo tomou todas as atitudes que poderia tomar em resposta ao aumento das queimadas, que já tem tendência de controle: determinou uma inédita operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ambiental, colocando à disposição dos estados mais de quatro mil homens já no emprego dessas ações por parte das Forças Armadas, diversas aeronaves, investimentos muito significativos para o combate à esses focos de queimada e também no combate do desmatamento ilegal”, enumerou.

Ele aponta que o país está aberto a receber recursos para a floresta. “O Brasil está aberto para receber e quer fazer a materialização desses recursos o mais rápido possível para poder delimitar em favor da defesa do meio ambiente, da floresta e da preservação”, disse.

O chefe da pasta prega o desenvolvimento sustentável da Amazônia, que tem mais de 20 milhões de habitantes, representando cerca de 10% da população brasileira. No entanto, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ainda é muito baixo na região.

Para reverter esse quadro, segundo Salles, é preciso materializar a bioeconomia. “Porque que nós temos uma floresta amazônica tão rica, com moradores em situação tão pobre? Porque nós temos o potencial enorme de geração de bioeconomia e atividades correlacionadas à floresta e o dinamismo econômico não acontece?”, questionou.

No entanto, ele não deixou de criticar, mais uma vez, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), questionando a eficiência de ambos. “Acho que nós tivemos governos anteriores que incharam a máquina pública, gastaram dinheiro com coisas irrelevantes, contrataram, em várias áreas do governo, em políticas públicas, uma série de despesas e aumentaram o comprometimento da receita sem nenhuma preocupação com a meritocracia, com a eficiência, com o resultado, com a intenção de metas.”

O ministro do meio ambiente defendeu, ainda, a tolerância zero para crimes ambientais e acrescentou que a regularização fundiária é essencial.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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