Santander Cultural realizará duas exposições para “limpar imagem” após caso Queermuseu
O Santander Cultural realizará duas novas exposições sobre temas de diferença e diversidade na ótica dos direitos humanos, de acordo com o termo de compromisso firmado entre a instituição e o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul.
A medida acontece em decorrência da apuração do MPF sobre a suspeita de prejuízo à liberdade de expressão artística com o encerramento antecipado da exposição “Queermuseu” em setembro de 2017.
A exposição foi acusada de fazer apologia à pedofilia, zoofilia e ofensas a símbolos religiosos, o que motivou seu fechamento cerca de um mês antes do previsto.
Segundo o MPF, tais acusações não se verificaram na realidade e o Santander se compromete a patrocinar as duas exposições que ficarão abertas por cerca de 120 dias. Uma delas deve abordar a questão da intolerância e a outra tratará sobre o empoderamento das mulheres, segundo o órgão.
O termo de compromisso ainda estabelece que o Santander Cultural deve manter medidas informativas sobre eventuais representações de nudez, violência ou sexo nas obras, assegurando assim a mais plena proteção à infância e juventude.
Caso o acordo não seja cumprido, o Santander Cultural pagará multa de R$ 800 mil.
*Informações do repórter Sandro Sauer
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.