“São Paulo não perde um gestor, ganha dois”, diz Doria após vencer prévias do PSDB

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2018 08h14
Juca Rodrigues/Estadão Conteúdo “Eu não saio, estarei em São Paulo. São Paulo não perde um gestor, ganha dois”, disse em menção ao seu vice Bruno Covas

Vencedor das prévias do PSDB em São Paulo, realizadas neste domingo (18), o prefeito de São Paulo, João Doria, será o candidato à sucessão do governador Geraldo Alckmin. A vitória aconteceu em primeiro turno, já que o candidato recebeu 80% dos votos (11.993), segundo a direção do partido. A candidatura ainda precisa ser oficializada pelos tucanos na convenção que acontecerá no mês de julho, de acordo com a Justiça Eleitoral. Doria venceu três adversários na votação interna, contra o suplente de senador José Aníbal, o cientista político Luís Felipe d’Ávila e o Secretário Estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro.

Com data de saída da Prefeitura prevista para o dia 06 de abril, o prefeito garantiu, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, que não sairá de São Paulo. “Eu não saio, estarei em São Paulo. São Paulo não perde um gestor, ganha dois”, disse em menção ao seu vice Bruno Covas.

“Bruno Covas fez toda a gestão da cidade nestes 15 meses ao meu lado, uma gestão participativa. Tudo isso continua no mesmo ritmo, com as mesmas atividades, mesmos programas nas áreas sociais e econômicas. No Estado, o governo fica em São Paulo. Paulistanos são paulistas. Todos os programas tiveram a participação do governo e vão continuar a ter”, disse.

Caso eleito para o Palácio dos Bandeirantes, o tucano já delimitou quais serão suas prioridades: geração de renda e emprego. “Prioridade absoluta, não só para São Paulo como para o Brasil. Não há como propor desenvolvimento social sem desenvolv econômico. Por isso que programas de esquerda e extrema esquerda não vão funcionar no Brasil (…) Nós vamos dar sequência àquilo que fizemos na Prefeitura e dar sequência ao bom trabalho de Alckmin, se eleitos formos”.

O PSDB está no Palácio dos Bandeirantes desde 1994, quando Mário Covas foi eleito. Mas, pela primeira vez, desde quando o PSDB assumiu SP, parte da base passa a mostrar apoio ao atual vice-governador Márcio França (PSB), que vai concorrer à reeleição.

Sobre o agora adversário na eleição, Doria foi enfático: “sem desrespeitar Márcio França, mas ele acaba de formalizar aliança com partidos de esquerda e extrema esquerda. É opção dele, mas estou em outro campo. Meu campo não é esse. Se não bastassem as opções dele feitas em São Paulo, seu partido fez aliança no Norte e Nordeste com partidos de esquerda e extrema esquerda. Com apoio a Lula ou a nome do PT. Estou em outro campo. Quero distância de esquerda e extrema esquerda. Nao é bom para o Brasil e nem será bom para São Paulo”.

Enquanto Alckmin segue na tentativa de subir nas pesquisas eleitorais e, assim, engatar mais ofrtemente na corrida ao Palácio do Planalto, especulações dão conta de uma troca do governador pelo prefeito para a Presidência.

Questionado, Doria disse não ver essas perspectiva e nem possibilidade: “quero com nossa candidatura fortalecer a de Alckmin, candidatura liberal, que arrebate o País. E São Paulo é o maior colégio eleitoral, temos 32 milhões de eleitores. A eleição nacional vai se decidir em São Paulo, grande colegio eleitoral do País”.

Confira a entrevista completa com o prefeito João Doria:

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