‘Sarampo é transmitido mesmo antes de a doença se manifestar’, alerta diretora de imunização de SP
De 17 de junho a 23 de julho, o número de casos confirmados de sarampo na cidade de São Paulo aumentou 1.034% — de 32 para 363. Desse total, 70 casos são autóctones, ou seja, foram contraídos no próprio município.
A diretora de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Helena Sato, esteve nos estúdios do Jornal da Manhã para esclarecer as principais dúvidas de quem ainda não se vacinou contra o sarampo.
O aumento no número de casos, especialmente na capital paulista, motivou a campanha de vacinação contra o sarampo para a faixa etária entre 14 e 29 anos. “A vacina de sarampo já faz parte do calendário básico de vacinas. Portanto, até 29 anos, é necessário o indivíduo tomar duas doses. Dos 30 aos 59, uma dose é suficiente. Quem tem 60 anos ou mais, já teve contato com a doença”, alerta Helena.
A diretora, porém, reforça que se a pessoa perdeu a caderneta da vacinação a melhor alternativa é tomar uma dose novamente. “Se perdeu a carteira, não tem como comprovar que já foi vacinado. Não há problema de tomar a vacina novamente, isso não apresenta riscos.”
Quais os sintomas do sarampo?
Os sintomas mais comuns do sarampo são febre, tosse, coriza, manchas avermelhadas e conjuntivite. Mas é preciso ficar atento, como orienta a diretora de imunização do Estado.
“Uma pessoa infectada já transmite o vírus cinco dias antes da manifestação dos sintomas, no período de incubação. Depois que aparecem as manchas, a contaminação ainda pode dura até cinco dias.”
Entre as complicações que podem se manifestar, estão: otite, pneumonia e encefalite. “Qualquer manifestação diferente dos sintomas iniciais a orientação é procurar um médico”, alerta.
A vacina pode fazer mal?
“A vacina do sarampo é muito segura e não tem causa, nem efeito. Nem tem relação com o autismo, como já foi falado. A vacinação é a única forma de combater o aumento do vírus”, confirma. Segundo ela, no Estado de São Paulo e no Brasil, as ideias ‘antivacina’ não tiveram impacto nas campanhas.
A única contraindicação da vacina tríplice viral, que protege também contra a caxumba e rubéola, é para pessoas que estão em tratamento de quimio ou radioterapia.
Medida de segurança
Uma vez que existe a suspeita de um caso de sarampo, as equipes de Saúde estão indo ao domicílio ou empresa em que o possível contaminado trabalha para fazer ações de bloqueio. Dependendo do caso, serão vacinados todos os moradores dos quarteirões próximos ao local, mesmo que já tenham tomado alguma dose anteriormente.
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