Saúde antecipará vacinação de policiais e professores contra a Covid-19
Governadores pedem que profissionais sejam ‘prioridade das prioridades’ do Plano Nacional de Imunização; em São Paulo, forças de segurança serão vacinadas a partir do dia 5 de abril
Após pressão de secretários de todo país, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a vacinação de agentes de segurança diretamente envolvidos no combate à pandemia. Nesta terça-feira, 30, governadores do Nordeste enviaram ofícios ao presidente Jair Bolsonaro, e aos ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Educação, Milton Ribeiro, pedindo que professores e policiais sejam “prioridade das prioridades” do Plano Nacional de Imunização (PNI). Um decreto do Piauí colocou esses profissionais entre os primeiros a ser imunizados. O presidente do Consórcio Nordeste e governador do Estado, Wellington Dias, fez um apelo para que a diretriz seja válida em todo o país. “Para que a gente tenha condições de iniciar vacinação, iniciar por aqueles quem têm ligação direta com saúde, até que a gente possa ter essa regulamentação nacional. Também encaminhei ao Ministério da Saúde o pedido para que aprove uma regra nacional.”
Em São Paulo, policiais e professores já foram incorporados ao calendário de imunização. As forças de segurança serão vacinadas a partir do dia 5 de abril e os professores que atuam no ensino básico e médio e têm mais de 47 anos receberão a primeira dose a partir do dia 12 de abril. Um estudo da Universidade de Zurique, em parceria com a Secretaria de Educação de São Paulo, revelou que a retomada das aulas no fim do ano passado não causou aumento de casos e nem mortes por Covid-19 no Estado. Os pesquisadores não descartam que as unidades possam ser pontos de atenção para a transmissão da doença, mas dizem que são ambientes mais seguros uma vez que representam apenas uma parcela pequena da população municipal, com menor impacto na mobilidade local.
O subsecretário da Seduc, Patríck Tranjan, reforça que as escolas são locais controlados, apesar do avanço das variantes. “Não é porque as escolas é mais segura para a sociedade que a gente não tenha que cumprir protocolos. As escolas são seguras justamente porque os protocolos são mais facilmente monitorados. É mais fácil ter o cumprimento deles na escola do que dentro de um bar. A contaminação pelo coronavírus, independente da variante, ocorre da mesma maneira. Se estamos constantemente vigilantes a respeito dos protocolos sanitários, a gente tende a se prevenir da infecção”, disse. O levantamento feito em 131 cidades revelou que os dados não mudaram mesmo nas regiões mais pobres e com maior número de idosos.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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