Covid-19: Cuidar da saúde mental é vital em período de isolamento forçado
O empresário Christian Farias costumava debater com os amigos e gravar vídeos sobre o universo nerd. Entretanto, em isolamento desde o dia 14 de março, ele diz que a interação social faz diferença.
“Eu sinto muita falta nesses dias de realmente debater sobre essas coisas, porque a gente fica preso, é o melhor a se fazer, mas o grande problema é a ansiedade e controlar a ansiedade de socializar.”
Assim como Christian, outros 18 milhões e 600 mil brasileiros têm ansiedade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Diante da pandemia da Covid-19, que aos poucos é compreendida, o medo pode tomar conta da razão.
A psiquiatra da Universidade de São Paulo, Camila Magalhães, ressalta que o sentimento de medo no contexto atual é esperado.
A pesquisadora aconselha evitar grandes quantidades de informação e lembra que ninguém está sozinho neste momento. “Não é de você ficar pensando e lendo um desgaste vai fazer com que você possa ficar um pouco adoecido. Nenhum de nós está sozinho, estamos resguardados.”
Camila Magalhães recomenda usar o período de afastamento social para cuidados pessoais.
A professora de inglês, Nicole Okinokabu, está em quarentena há uma semana e faz questão de se manter ativa mesmo dentro de casa.
“Eu tenho focado bastante em tentar me manter ativa, fazendo cursos online, tentando fazer cursos voltados para a minha área. Estou lendo e aprendendo a meditar.”
O Conselho Federal de Psicologia aconselha que os profissionais continuem com o atendimento psicológico, mas por celular, videoconferência ou com as medidas de higiene aconselhadas.
O Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional 24 horas por dia gratuitamente no 188.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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