Se aprovada, reforma da Previdência trará impactos positivos nas finanças públicas, avalia diretor da IFI
A reforma da Previdência foi apresentada, mas aguarda apenas o envio do texto da aposentadoria de militares para começar a tramitar na Câmara. Enquanto isso, estudos são feitos para avaliar os impactos da PEC nas finanças públicas – caso a PEC seja aprovada.
Uma instituição que realizou estudo sobre a reforma da Previdência foi a IFI (Instituição Fiscal Independente). Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o diretor executivo Felipe Salto apresentou informações sobre o impacto nas finanças.
“Mostramos no estudo que há problema sério na Previdência, de crescimento rápido do déficit. O que tem a ver com questões demográficas. O que a reforma pretende fazer é dar certa homogeneidade a todas as aposentadorias, incluindo a do serviço público”, disse.
As contas feitas pelo estudo da IFI envolvem o BPC, o abono salarial e a idade mínima. No caso do Benefício de Prestação Continuada, por exemplo, com as mudanças apresentadas na PEC a economia seria de R$ 28,7 bilhões em 10 anos.
No caso do abono salarial, segundo Felipe Salto, o impacto seria de R$ 150,2 bilhões em 10 anos. Em outros assuntos como a aposentadoria, ele destacou: “nas aposentadorias por idade e por tempo de contribuição, os gastos equivalem a 4,3% do PIB. Se não for aprovada a PEC, esse gasto pode chegar a 10% do PIB até 2060, e dinâmicas parecidas podem ser observadas em outros pontos”.
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