Se onda pró-Previdência ocorrer, é possível votar reforma na semana que vem, diz Marun
Prestes a assumir a Secretaria de Governo, o deputado Carlos Marun (PMDB) afirmou que a intenção é de que a reforma da Previdência seja discutida na Câmara já na próxima semana, no dia 18, mas admitiu que a votação possa ser realizada apenas no ano que vem.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, um dos principais nomes da linha de frente de defesa de Michel Temer, o deputado destacou que “há um crescimento, tanto na Câmara quanto na sociedade que a Previdência seja modernizada e se torne mais igual”.
“Ainda não tivemos uma onda pró-Previdência, como a que tivemos em maio. As denúncias das gravações da JBS nos fizeram mergulhar em uma crise política. Se conseguirmos fazer nesta semana com que essa onda aconteça, penso que é possível que nós consigamos votar isso na semana que vem. Estaremos perto do início do recesso, não é o ideal para que uma votação desse porte aconteça, mas vamos trabalhar para isso, se não der, voltaremos do recesso com esse sendo o primeiro item da pauta”, disse.
Política do “é dando que se recebe”
Marun negou que tenha liberado emendas a parlamentares para votos a favor da reforma da Previdência e afirmou que os relacionamentos permitem a possibilidade de se liberar emendas mais cedo que outras.
Entretanto, ele acusou deputados do PT e PDT de liberarem mais emendas que ele, que “não estava se dedicando a essa situação”.
Candidato à reeleição ou ministro?
Um dos critérios para se manter na equipe ministerial de Michel Temer é que os chefes de pastas não sejam candidatos a cargos em 2018. Carlos Marun é deputado federal e planejava a reeleição, mas disse estar à disposição do presidente.
“Me coloco à disposição de Temer, sou pessoa de projeto, se chegarmos em março e for desejo do presidente de que eu continue, eu abro mão da reeleição”, finalizou.
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